quinta-feira, junho 29, 2006

A Forma do dizer.

Foto tirada da net

É interessante constatar como nós, seres humanos, muitas vezes ficamos felizes apenas com a forma «do» dizer, colocando em segundo plano a forma «do» acontecer.
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«Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta...»
Eugénio de Andrade

domingo, junho 25, 2006

A 25ª Sinfonia de Mozart

A música é algo sem a qual não consigo passar e Mozart é um dos compositores que me desperta paixões. Embora a 25ª Sinfona não esteja entre as mais cotadas (perdoem o termo), é uma das minhas preferidas, tive já a oportunidade de a ouvir na Gulbenkian em toda a sua plenitude. Hoje sinto-me feliz, é como se tivesse encontrado um «eco» de mim própria, uma busca que penso ter durado uma vida. A convergência é única e enriquecedora.
Não sei que sentimento é este, deve estar contido nos novos termos que as tecnologias nos trouxeram. Mas também não tento identificá-lo, deixo que esta sensação de bem estar me preencha o espírito, porque é na satisfação do espírito que encontramos forças para ir mais além.

quinta-feira, junho 22, 2006

Rectas paralelas encontram-se no infinito

foto tirada daqui

Rectas paralelas encontram-se no infinito. Hoje mantive uma interessante discussão acerca desta frase. Se olharmos as duas linhas do comboio, temos a sensação que elas se cruzam algures, no infinito. É a chamada Geometria Projectiva, considerada uma extensão da geometria euclidiana pelos elementos do infinito. Surgiu com os artistas do Renascimento, numa tentativa de dar aos quadros que pintavam uma forma real dos objectos de modo a serem facilmente identificados.
Ao olhar o ponto longínquo onde as duas linhas parecem cruzar-se não posso deixar de fazer a ligação a este fantástico acontecimento que foi o surgimento da net e a possibilidade que nos trouxe de trocarmos ideias, pensamentos e até sentimentos num paralelismo tal, que mesmo dando-nos a sensação da convergência nos vai mantendo isolados, cada um no seu trilho.

quarta-feira, junho 21, 2006

Noites de trabalho

Mesmo as coisas simples se tornam complexas quando não compreendidas.

segunda-feira, junho 19, 2006

Ainda a parte humana da net

Ainda que este post surja um pouco desfasado nesta sequência, ele surge com carácter de urgência:
- Obrigada pela humildade!
Não é humilde quem quer, é humilde quem pode!! Quem encerra dentro de si um mundo misterioso pleno de sabedoria e grandeza. Por vezes basta um sorriso, uma palavra ou apenas a simples existência para que toda a nossa angústia se dissipe.
Se eu tivesse lágrimas, choraria de alegria simplesmente porque existe! Que o «O Combate com o Demónio*» surja sempre nessa forma! *Stefan Zweig
«São demónios que tentam os seus 'possessos' com sonhos e possibilidades de grandeza, de beleza, de pureza, de infinitude, de genialidade, de imortalidade em troca do sacrifício das vidas estáveis, respeitáveis, bem- -pensantes, seguras, previsíveis, comprometidas com o mundo exterior. É uma voz demoníaca incompreensivelmente persuasiva a que exorta estes homens, em obstinados sussurros interiores, a revoltarem-se contra a pessoa 'boazinha', 'dócil' e 'mansa' que existe em todos eles, uma voz que troça violentamente dos seus 'bons sentimentos', dos seus desejos de conciliação, diplomacia e harmonia com o mundo em que vivem, um mundo que, segundo essas vozes demoníacas, não os merece, não está à sua altura, um mundo que se compraz na mentira sistemática, no auto- -engano, nas dependências sociais e afectivas interesseiras e vampirescas, um mundo, enfim, que, de tão espúrio, medíocre e instalado na sua balofa e repelente moralidade burguesa, não merece deles qualquer tipo de comprometimento - o comprometimento destes autênticos génios da honestidade e do autoconhecimento humanos é apenas com os seus altamente idealizados e intransigentes mundos interiores.»

domingo, junho 18, 2006

As Mulheres e a Ciência

Este post não pretende ter um carácter feminista ou de algum modo ser uma tentativa para sobrevalorizar as mulheres, é apenas o resultado da minha imensa curiosidade. Vivemos num mundo em que cada vez mais, homens e mulheres, deverão estar lado a lado de modo a preservá-lo, melhorá-lo e fazer dele o paraíso que todos nós sonhámos um dia.
Actualmente em Portugal quase 60% dos estudantes universitários são mulheres, espalhando-se pelo vasto leque de cursos existentes, alguns deles outrora escolhidos maioritariamente por homens.
Estes números conduzem-nos, inevitavelmente, ao facto de cerca de 43% dos investigadores portugueses serem mulheres.
Não podemos dizer que somos excepção pois, de um modo geral, nos outros países da Europa a tendência é semelhante, tendo sido constituído em Novembro de 1999 o " Grupo de Helsínquia sobre Mulheres e Ciência", cujo nome deriva do facto de a reunião se ter realizado em Helsínquia
Ao longo da História muitas foram as mulheres que tiveram um papel preponderante no desenvolvimento da Ciência. Remontam a 4000 anos atrás, os primeiros indícios da participação activa da mulher na Ciência com o aparecimento do nome de En Hedu'anna ligado à astronomia, matemática e também à arquitectura. Deixou um conjunto de poemas, sendo o mais conhecido 'Exultation of Inanna'.
Nas próximas postagens falarei particularmente de algumas delas, nomeadamente as que tiveram um papel mais preponderante, pois seria fastidioso e exaustivo fazê-lo para todas.

O Retorno

Foto tirada pelo meu amigo Z.C.

Mas já se reencontrou? Perguntam vocês. Afinal não estava perdida, num súbito sonambulismo dei por mim numa esquina desconhecida, mas, após breves instantes constatei que o percurso de regresso era curto e, aqui estou! Ainda pensei em trazer uma rosa, para vos agradar... mas optei por mostrar a janela onde ainda se pode ver o vidro partido por onde entrei.

sábado, junho 17, 2006

As Mulheres e a Ciência

As estatísticas dizem que actualmente cerca de 60% dos estudantes universitários são mulheres. Elas ocupam posições em cursos tradicionalmente escolhidos por homens o que nos levará a concluir que dentro de alguns anos as chefias a um nível superior serão ocupadas por mulheres. Alguns estudos têm demonstrado que os homens na sua adolescência têm uma maior dificuldade em se concentrar nos estudos dispersando-se um pouco e deixando que as colegas do sexo oposto tenham melhores resultados escolares o que conduz a uma maior facilidade no acesso ao ensino superior. Isto conduz a que em Portugal uma grande parte da investigação fundamental, aplicada e de desenvolvimento seja levada a cabo por mulheres que conciliam as suas actividades profissionais com as de educadoras e mães.
Não pretendo com este post tomar uma posição feminista ou de defesa da condição de se ser mulher em Portugal ou no mundo, pretendo apenas que seja uma introdução à série de posts que publicarei em forma de homenagem a todas as mulheres que ao longo da História se dedicaram à Ciência.

sábado, junho 10, 2006

A noite...


Foto tirada pelo meu amigo Z.C.

Gosto de estar na quietude da noite, sentir a brisa do vento que livremente entra pela janela aberta.
Gosto do toque suave do pensamento quando navega sobre as águas de um mar chão onde se reflecte a luz da lua em quarto crescente.
Gosto de ouvir o som do silêncio de olhar a luz dos pirilampos.
Gosto de olhar as estrelas, imaginar que nelas habitam sonhos de luz que me fazem crescer.
Gosto das sombras que ora me assustam.. ora me divertem.
Gosto da noite... não a noite turbulenta, mas a que me que me traz a Paz, a que me aproxima daqueles de quem gosto.
Gosto de saber que a tua imagem ficará para sempre envolta numa aura de luz.
Estendo a mão, gosto de pensar que reaprenderei a caminhar.

quinta-feira, junho 08, 2006

Horizontes...

(...) Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
Luís Vaz de Camões

domingo, junho 04, 2006

A saga das certezas nas incertezas

Ainda na sequência do post Metron Logos e a propósito da Qualidade, veio-me à memória uma estória (foi-me contada como anedota, mas como não gosto muito da palavra, requalifico-a como estória) que nos dá uma ideia da evolução e importância do cálculo de incertezeas. Aí vai...
Após uma guerra, como gosto da figura do Aníbal Barca o tal que desafiou o Império Romano (ainda um dia explorarei esta minha atracção por aqueles que ousam desafiar os Impérios ) vamos supor que Aníbal, o comandante, perguntou a um dos soldados: quantos eram os inimigos? O soldado, muito prontamente, respondeu: 1001. O comandante perplexo pergunta: 1001??? Mas como conseguiu contar com tanta exactidão esse número de inimigos? Ao que o soldado respondeu: à frente vinha 1 e atrás vinham pr'aí uns mil. Conclusão: número de soldados = 1±1000. (É suposto rirem-se...)
Neste caso a incerteza ultrapassa de longe o resultado. Actualmente a certeza no cálculo das incertezas já é tão grande que nos conduz cada vez mais a resultados exactos e que abonam a favor da Qualidade dos produtos que consumimos, nomeadamente alimentos.
Para que estou a debitar estas palavras? Apenas para chamar a atenção da importância de ler os "±" que se encontram à frente dos resultados, que muitas vezes (que pena não serem mais) vêm descritos nas embalagens dos produtos que consumimos...