sábado, junho 22, 2013

mundo

na passagem do vento instala-se a confusão, onde antes se contemplavam as cores do arco íris advinha-se o ultravioleta. caminho.

 Foto retirada daqui

sexta-feira, junho 21, 2013

Sons

A tranquilidade e o som...

terça-feira, junho 11, 2013

Sinos

Hoje, dia em que Beethoven se fez ouvir por entre as vozes alegres da família que se ampara, procurei a poesia.

sábado, junho 08, 2013

Silêncio

No silêncio dos dias abertos ouço Bach. A tranquilidade do som surgido nos deslizar das teclas enfeita-me a alma. Sentir e deixar que o som me transporte aos dias felizes, dias em que o sonho se misturava com a realidade enaltecendo a vida.


domingo, junho 02, 2013

Saudade...

Saudade!, gosto amargo de infelizes,
Delicioso pungir de acerbo espinho,
Que me estás repassando o íntimo peito
Com dor que os seios d'alma dilacera,
— Mas dor que tem prazeres — Saudade!
Misterioso nume, que aviventas
Corações que estalaram, e gotejam
Não já sangue de vida, mas delgado
Soro de estanques lágrimas — Saudade!
Mavioso nome que tão meigo soas
Nos lusitanos lábios, não sabido
Das orgulhosas bocas dos Sicambros
Destas alheias terras. — Oh Saudade!
Mágico nume que transportas a alma
Do amigo ausente ao solitário amigo,
Do vago amante à amada inconsolável,
E até ao triste, ao infeliz proscrito
— Dos entes o misérrimo na Terra —
Ao regaço da pátria em sonhos levas,
— Sonhos que são mais doces do que amargo,
Cruel é o despertar! — Celeste nume,
Se já teus dons cantei e os teus rigores
Em sentidas endechas, se piedoso
Em teus altares húmidos de pranto
Depus o coração que inda arquejava
Quando o arranquei do peito malsofrido
À foz do Tejo — ao Tejo, ó deusa, ao Tejo
Me leva o pensamento que esvoaça
Tímido e acobardado entre os olmedos
Que as pobres águas deste Sena regam,
Do outrora ovante Sena. Vem, no carro
Que pardas rolas gemedoras tiram,
A alma buscar-me que por ti suspira.

Almeida Garrett "Camões"