terça-feira, março 27, 2007

Pequenos apontamentos

Por vezes a noite torna-se demasiado longa surgindo então uma necessidade absoluta de a preencher. Nesse contexto, resolvi retirar de um dos caixotes onde guardo livros que esperam o surgimento de novas prateleiras, O Significado da Relatividade de Albert Einstein, numa edição de 1958 já com as páginas amarelecidas pela passagem dos anos, numa tradução feita pelo Professor Mário Silva.
Todos nós temos um referencial de tempo e é comum dizermos «antes de» e «depois de», no entanto esse referencial é subjectivo pois apenas se aplica a cada um de nós não sendo este tempo mensurável, podendo, no entanto, ser associado a um corpo físico que é o relógio. Pode, assim, haver uma comparação entre experiências de pessoas diferentes associando a ordem dos acontecimentos fornecidos pelo relógio com a ordem da série de acontecimentos considerada anteriormente. Ficam então baralhadas as nossas ideias preconcebidas acerca do tempo.
Ainda citando Einstein, por meio de mudanças de posição poderemos levar dois corpos ao contacto um do outro sendo assim introduzido o conceito de espaço. No entanto, ao levar um determinado corpo X até junto do outro corpo Y constitui-se uma espécie de prolongamento deste, podendo nós designar o conjunto de todos os prolongamentos de Y, por «espaço do corpo Y».
A minha ideia não é falar de teorias relativistas ou pré-relativistas, até porque jamais ousaria tocar em assuntos que de modo algum domino, é, muito simplesmente, falar de mim e do meu espaço, ou mais propriamente, no que constitui o meu espaço e o meu tempo.
....
Nota: a propósito do tempo reabilitei este post do meu blog «O espaço e o tempo».

3 comentários:

zef disse...

Há que tempo não me preocupava e medição do tempo...e já não me será de grande utilidade ter tal preocupação...
Mas ainda vale isto?:
"Eu meço o tempo, sei isso, mas não meço o futuro, porque ainda não existe, não meço o presente, porque não se estente por nenhuma extensão, não meço o passado, porque já não existe." ("Confissões", Santo Agostinho)
Por isto, a medição do tempo já não me preocupa. O mesmo não acontece quanto ao conceito de espaço.
Também estive a desencantar um livro que não via há muito tempo(e cá continua a ideia de tempo...)
Um abraço

pb disse...

ai miga...este post é muito complicado para mim...mas o tempo é mesurável pelo relógio, o que passou já não volta e o que vem não o sabemos ainda, só podemos viver o presente e esse por vezes custa a viver....beijo

alecerosana disse...

por vezes embrulho o tempo em papel de seda, faço dele uma flor com pétalas sedosas :)