quarta-feira, novembro 07, 2007

Caravelas

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar Morto:
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!

Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!...

Florbela Espanca

(amanhã, quando eu tiver tempo, ponho música no ar)

6 comentários:

pb disse...

O amanhã já passou e musica, népias....mas mesmo assim mereces um beijinho :-)

Anónimo disse...

Ando a "Leste" meu amigo.
Um beijo para ti!

zef disse...

Mas, Alece, os ventos de nascente são os que costumam trazer as músicas do Sol a nascer...
Um abraço

Anónimo disse...

Se eu pudesse ter uma conversa privada com o Sol... mas insiste em afastar-me.

Um abraço, Zef.

hora tardia disse...

:(



pois. quem sou eu....


perdido o caminho. mas nunca o prazer.




beijo.


obrigada.




/piano.

alecerosana disse...

abraço, hora tardia, sabe bem que os abraços são laços...