domingo, novembro 07, 2010

Aresta viva

Sou assim, uma espécie de aresta viva que a erosão causada pelo tempo não consegue limar. Duas faces que se juntam num infinito prolongamento, sem vértices, apenas o tocar do ser e do querer. Se hoje me acomodo, amanhã me incomodarei.
O ser, o querer e o ter. Nesta trilogia dramática, só o ter não tem existência própria surgindo como peça inacabada.
Nesta ténue linha de junção vão surgindo pequenos pontos luminosos que, se observados cuidadosamente, mostram pequenos momentos de felicidade.

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