terça-feira, fevereiro 27, 2007

o vácuo, o vazio e o nada


É na ausência de matéria, vácuo onde apenas e só as ondas, a luz ou os campos têm existência que aos poucos se vai criando um espaço vazio com capacidade para conter algo que não tem.
Nada é a negação de tudo o que existe, é um não lugar, um não espaço. O nada está indubitavelmente associado à nossa mente, não tem lugar na Física ou na Química. O nada é algo que me persegue e do qual tento fugir, por vezes sou apanhada nas suas malhas, sentindo-me qual partícula oclusa numa rede cristalina defeituosa.
E assim permaneço neste dualismo, a consciência de uma mente distinta do corpo: penso, logo existo (Descartes). Mesmo que ao pensar eu me engane, eu, sujeito epistémico, existo!
O ideal seria conseguir dissociar fisicamente a alma (mente) do corpo, viveriam assim felizes, cada um para seu lado, sem críticas, sem questões e, principalmente, sem colisões.
........
[mais um transporte do Espaço e o Tempo. Na verdade ando cada vez mais vazia, sendo assim, nada mais me resta que (re)escrever o que já escrevi.]

2 comentários:

zef disse...

Alece, já tentei, duzentas e cinquenta vezes :) comentar aqui; agora é a última (?).
Aqui fica o que ficou guardado:

...mas corpo e alma são duas metades, uma sempre à procura da outra, e só colidem quando não se encontram...

alecerosana disse...

Zef, foi bom não ter desistido de comentar :) [deve ser boicote do blogger]

os anseios da alma muitas vezes colidem com a fraqueza do corpo, se a aderência das duas metades fosse de modo a que as partículas de um se unissem à essência do outro… seríamos perfeitos, ou quase.