

Em homenagem ao Augusto Abelaira, com quem, do alto dos meus 18/19 anos, amiudamente me cruzava na rua, aqui deixo este post.
"A linguagem, como toda a gente sabe, ou como toda a gente devia saber - e eu já o tenho dito aqui muitas vezes - serve para exprimir o que se sente mas também serve para esconder o que se sente." João dos Santos em "Se não sabe porque é que pergunta?"
4 comentários:
Bom dia, Alecerosana. Ter vindo aqui agora pôs-me a reler o décimo quinto quadro de "A cidade das flores", que me ficou na memória. E foi fácil encontrá-lo, porque, há muitos anos, deixei-o marcado. E voltei a ficar encantado.
Abraços
- Enganou-se! Enganou-se! - disse ela, apanhando uma flor azul. - E sabe como se chama? Tinham vindo à procura das acácias em flor, mas onde estavam as flores que ninguém as via?
A. Abelaira
Abraço
Não resisto:
"...num mundo em que a liberdade, a coragem, o amor, deixariam de ter significado, Rosabianca (sob os olhos frios dum soldado) diria ao pequeno Giovanni ou à pequena Rosabianca: 'Vês aquela florzinha azul?´ O pequeno Giovanni ou a pequena Rosabianca olharia para ela com os olhos muito brilhantes: 'É bonita...' - 'Sim - havia de dizer Rosabianca com uma réstia de felicidade no coração. - É bonita."
(É assim que acaba A cidade das flores).
Perdão por coisa tão comprida, mas há tanto tempo que não lia Abelaira...
Abraços
e eu acrescento:
«A acção deste romance situa-se em Florença durante o período fascista.»
Abraço
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