sexta-feira, novembro 24, 2006

o mundo à minha volta

Corro faço e desfaço amo desamo e volto a amar e o mundo invariavelmente continua grande e pesado sufocando-me como um polvo de ventosas grandes e poderosas que em segundos criam entre mim e elas o vácuo.
Corro páro e morro como um pássaro ferido durante o voo que ousou encetar.
Já não corro os olhos vazios fixam-se na linha que separa a realidade do infinitamente grande mundo do sonho.
E lá nessa linha imaterial encontro o que outrora perdi a capacidade de querer e ter de pensar e existir.
Entretanto chove...

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