O ser humano tem atitudes e comportamentos deveras estranhos e contraditórios.
A ser verdade o que nos sugere Descartes, a nossa existência como seres estaria condenada à tomada de consciência do acto de pensar - não pensar, significaria não existir.
No entanto, sabemos que isso não é verdade, existimos muito antes de pensarmos. Aliás, ao ler determinadas coisas escritas de um modo tão primário atrever-me-ia a dizer que há determinados seres que, qual papagaio, não pensam no que escrevem, sai-lhes da boca para fora como um vómito involuntário e pernicioso conspurcando espaços circundantes e alvejando outros seres que, esses sim, pensam para além de existirem.
Esta separação abissal entre o corpo e a mente leva-me a concluir que há dois tipos de seres humanos, os que existindo pensam e os que, muito simplesmente, existem.
2 comentários:
Eheheheh, gostei da conclusão no seu último parágrafo.
Concordo consigo, e mais: tenho para mim que o próprio Descartes não teria "cogitado" muito antes de escrever o "Cogito ergo sum"... ;) Jinhos.
Um sorriso para si, jj.
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