quinta-feira, dezembro 18, 2008

Aedh Wishes For The Clothes Of Heaven

imagem tirada da net
Had I the heavens' embroidered cloths,

Enwrought with golden and silver light,

The blue and the dim and the dark cloths

Of night and light and the half light,

I would spread the cloths under your feet:

But I, being poor, have only my dreams;

I have spread my dreams under your feet;

Tread softly because you tread on my dreams.

William Butler Yeats

segunda-feira, dezembro 08, 2008

areias

imagem tirada da net

sou como as ondas espalho-me por entre as areias soltas de um deserto imaginário.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

O cinzento dos dias

foto tirada da net

Olho pela janela, lá fora o dia apresenta-se em tons cinzentos, indeciso entre a chuva e o sol.
Há dias em que a tristeza me invade, outros em que a alegria me faz correr. No entanto, hoje, num dia pouco cristalino sinto-me amorfa, como se todas as partículas que constituem o meu corpo se tivessem desprendido das ondas que formam a minha essência. De um lado o corpo inerte, sem vontade de fazer seja o que for, do outro lado, a mente, um pouco difusa, um pouco desligada tal como hoje o dia se apresenta.
Percorro todos os cantinhos do meu pensamento e noto que a corrosiva desilusão já quase os atingiu a todos. Aqueles sonhos que nos fazem «pular e avançar como bola colorida nas mãos de uma criança» encontram-se no limiar da razão, o que me faz acreditar que talvez seja altura de desfazer a emoção.
Olho pela janela, uma criança brinca lá em baixo no terraço, ela não sabe, ainda, que o mundo em que vive é constituído essencialmente por «jogos de poder» e que neles o ser é ultrapassado pelo ter.
O amor é um termo que caiu em desuso e serve apenas para conjugar um conjunto de ideias acerca de relacionamentos que conduzem, inevitavelmente, ao ter. Ainda há resistentes, mas são poucos e, na generalidade, são designados por utópicos marginais. Sou uma marginal, semeio flores que não chego a colher por, ingenuamente, deixar que outros, pela calada da noite, o façam antes de mim, mas
não desisto porque existo!

terça-feira, novembro 25, 2008

vaidades

O "Sr. Futi"
A primeira vez que o vi não tinha este aspecto tão sofisticado, está lindo!

domingo, novembro 23, 2008

Lago dos Cisnes

tia... sonhei que era o quinto cisne.


quinta-feira, novembro 20, 2008

Fantasmas


foto tirada da net

Súbita mão de algum fantasma oculto
Entre as dobras da noite e do meu sono
Sacode-me e eu acordo, e no abandono
Da noite não enxergo gesto ou vulto.

Mas um terror antigo, que insepulto
Trago no coração, como de um trono
Desce e se afirma meu senhor e dono
Sem ordem, sem meneio e sem insulto.

E eu sinto a minha vida de repente
Presa por uma corda de Inconsciente
A qualquer mão nocturna que me guia.

Sinto que sou ninguém salvo uma sombra
De um vulto que não vejo e que me assombra,
E em nada existo como a treva fria.

Fernando Pessoa

quinta-feira, novembro 13, 2008

"Les Sylphides"


foto tirada da net

palavras que nascem...

Elegia dos Amantes Lúcidos

Na girândola das árvores (e não há quem as detenha)
Deixa de fora a tarde o vermelho que a tinge.
Se ao menos tu ficasses na pausa que desenha
O contorno lunar da noite que te finge!

Se ao menos eu gelasse uma corda do vento
para encontrar a forma exacta dum violino
Que fosse a sensibilidade deste pensamento
Com que a minha sombra vai pensando o meu destino

E não houvesse o sono dum telhado
Entre ter de haver eu e haver o tecto;
E a eternidade não estivesse ao lado
A colocar-nos nas costas as asas dum insecto

Meu amor, meu amor, teu gesto nasce
Para partir de ti e ser ao longe
A cor duma cidade que nos pasce
Como a ausência de deus pastando um monge

Ah, se uma súbita mão na hora a pique
Tangendo harpas geladas por segredos
Desprendesse uma aragem de repiques
Destes sinos parados pelo medo!

Mas só porque vieste fez-se tarde,
Ou é a vida que nasce já tardia
Como uma estrela que se acende e arde
Porque não cabe na rapidez do dia?

Nem homem nem mulher. Só a moeda antiga:
Uma inflação de deuses que não pode parar
Como um pássaro cego à nora da intriga
Que é a morte no centro connosco a circular.

Será o mesmo tempo que nos cabe?
Talvez sejas a raça prematura
Duma gota de orvalho que se há-de
Negar à minha sede desértica e futura.

Como o brilho dum sol partido ao meio
Damos luz pela nostalgia da metade.
Partes para ser gaivota no meu seio.
Mas não trazes no bico uma cidade.

Aqui pousou um pássaro de lume
Que deixou um voo subterrâneo
Na repetida vibração do gume
Que cada hora traz à lâmina do crânio.

Teus dedos num relógio como a picada duma abelha
A fabricar o mel da estação perdida!
Que quanto a primavera um rouxinol na telha
É toda a melodia que traz na unha a vida.

O navio tem dois extremos ermos:
Os cabelos para Vénus e os pés para Marte.
Mas a viagem é o mar com a terra a ver-nos.
E com lenços à vista ninguém parte.

Ah, se ao menos eu pudesse agora erguer-me
Como uma pedra pelas minhas mãos futuras
E ficasse para sempre a aquecer-me
Ao sol que cega efémeras criaturas!

Se soltasses as aves da rotina
E de um jorro de deuses abrisses a comporta
E reclinada em tua espádua genuína
Eu entrasse num céu sem ter que achar a porta!

Se tu viesses cavaleiro branco
Orvalhado pela manhã do meu instinto.
E ficasses a chamar-me como um canto
No porvir do nosso último recinto!

Se ficássemos espuma de Maio cor-de-rosa
Nas praias donde Maio se retira,
Enrolados nos panos duma paisagem silenciosa
Que fosse a pura sonoridade da ausência duma lira!

Ah, as sementes que te exigem em declive
Entre abismos onde nunca te despenhas
E esfumados voos em que te embebes e revives
O que de ti já pousou no cume das montanhas!

Inútil decifrarmos este oráculo de ave absorta
Na incontinência do voo que a abrasa.
Se houver um palácio sem porta, talvez seja a porta.
Se houver uma casa sem tecto, talvez seja a casa.

Natália Correia, in "Passaporte"

segunda-feira, novembro 10, 2008

Saudade

foto tirada da net

"Saudade! gosto amargo de infelizes, delicioso pungir de acerbo espinho, que me estás repassando o íntimo peito com dor que os seios d'alma dilacera" ...

Almeida Garret em Camões

A quinta, Camões e eu...


Post recuperado do meu primeiro blog, de seu nome: Divagando

sábado, novembro 08, 2008

sons diferentes

Durme, durme, hermoza donzella

quinta-feira, novembro 06, 2008

peões

foto tirada da net

Durante anos um acenar de cabeça, um sorriso nos lábios e a intenção de desejar um bom dia, uma boa noite. Repentinamente as peças mudam e fica o sorriso no ar, perdido, o gesto suspenso, ridículo. O peão desapareceu, inicia-se novo jogo.



sábado, novembro 01, 2008

cantares de andarilho

foto tirada da net

"Já fiz recados às bruxas
do caselho à portelada
dei-lhes a minha inocência
elas não me deram nada. "

domingo, outubro 26, 2008

I'm alive...

... i'm alive.

quinta-feira, outubro 23, 2008

"Antes de Nós"

foto tirada da net


Antes de nós nos mesmos arvoredos
Passou o vento, quando havia vento,
E as folhas não falavam
De outro modo do que hoje.

Passamos e agitamo-nos debalde.
Não fazemos mais ruído no que existe
Do que as folhas das árvores
Ou os passos do vento.

Tentemos pois com abandono assíduo
Entregar nosso esforço à Natureza
E não querer mais vida
Que a das árvores verdes.

Inutilmente parecemos grandes.
Salvo nós nada pelo mundo fora
Nos saúda a grandeza
Nem sem querer nos serve.

Se aqui, à beira-mar, o meu indício
Na areia o mar com ondas três o apaga,
Que fará na alta praia
Em que o mar é o Tempo?

Ricardo Reis

terça-feira, outubro 14, 2008

Pausa



Gosto da quietude do meu gabinete quando já todos regressaram aos seus lares. Olho pela janela, vejo os carros apressados e uma ou outra pessoa que ousa deslocar-se a pé.

Ainda tenho pela frente mais três horas de trabalho, aquieto-me neste canto para poder respirar e sentir que por entre "bits" e "bytes" se encontram palavras de alento e amizade.

Amanhã (é sempre amanhã) vou sair um pouco mais cedo, passear à beira mar, sei lá... sentir o pulsar da vida.

Hoje apetece-me sorrir e há tanto tempo que me forço a fazê-lo...
...Ne peut pas nous faire oublier qu'aussi vrai que la terre est ronde...

quarta-feira, setembro 24, 2008

Os Nós e os Laços*

"... as palavras, quando despojadas da vida são a hemorragia, o esvaziamento da alma."
*António Alçada Baptista

terça-feira, setembro 23, 2008

quinta-feira, setembro 18, 2008

ONE ART

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Elizabeth Bishop

segunda-feira, setembro 15, 2008

segunda-feira, julho 28, 2008

"Ó mar salgado..."


"... quanto do teu sal são lágrimas de Portugal..."

terça-feira, julho 08, 2008

terça-feira, junho 17, 2008

meu irmão


no silêncio da noite as palavras foram grito. a madrugada permaneceu escura e fria. o dia não raiou. o sol tentou libertar-se das amarras que o aprisionaram.

terça-feira, maio 27, 2008

Equação



Conto os meus sonhos com a tábua
de calcular. Cada um deles é uma equação
diferente. Mas o resultado é só um:
a soma dos dias em que acordo.

posted by Nuno Júdice @16:47 aqui

quarta-feira, maio 21, 2008

e agora?

*

Por razões que não merecem registo, vi-me intimamente ligada a coisas que relacionam a Química com os Museus. E agora??

Aproveito para deixar o "link" do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e assim poderem dar uma "coup d’œil" ao Laboratorio Chimico

segunda-feira, maio 19, 2008

expressão

Foto de Lori Belilove* tirada daqui

Hoje apetece-me colher palavras, atirá-las ao vento com um simples sopro, deixar que se espalhem pelo ar e sentir o seu rasto de odores refrescantes.
Há tantas palavras bonitas para colher... mas insistimos em transportar braçadas de palavras cruéis, violentas e injustas.

Hoje apetecia-me colher palavras bonitas...
*obrigada pela correcção cara/o Anónimo

sábado, maio 17, 2008

cyber-bullying

Já há algum tempo atrás tinha feito aqui uma referência acerca das ameaças que alguns cibernautas fazem ocultados por um anonimato fictício. Hoje ao ler no Sol a notícia de que alguém foi condenado por cyber-bullying não resisti a voltar a referir o assunto.

Cowards die many times before their deaths; The valiant never taste of death but once. William Shakespeare

quinta-feira, maio 08, 2008

tempo

foto daqui
o tempo passa por mim como "cão por vinha vindimada". reuniões, museus, slides, apresentações, exames, equivalências, auditorias e no meio da luta vão surgindo pequenas bolsas de ar. respiro.

domingo, abril 27, 2008

mais saudades


(…) Saudades de ti? Não tenho a certeza, serão saudades de ti, ou de mim?
As mãos húmidas da noite, escura, fria e tenebrosa, tentavam desesperadamente atravessar as vidraças que me separavam dela. Ao longe, o rugir das ondas batendo fortemente nas rochas levava-me para um outro mundo, o mundo dos sonhos.
Deixei-me inebriar, deixei que os fantasmas da noite tomassem conta de mim, e para eles, pus música, exaltante, extasiante. Pensei em ti, em tudo o que vivemos, saboreei cada momento e em cada um deles redescobri a minha capacidade de amar, perdida no tempo, adormecida nos anos, que passaram velozes por mim.
Lembro-me que pensei: “vivi estes momentos, ou tudo não passou de um sonho? Sonho lindo com sabor amargo”.
Quando acordei, o sol brilhava, acariciando muito ternamente aquelas águas tão azuis, tão aparentemente inocentes, as águas que na noite anterior tinham embalado o meu sonho, o meu sono. Saí para a rua e fiquei-me a contemplá-las, a pensar em como a quietude anda de mãos dadas com a turbulência, mostrando, ora uma face, ora outra.
Depositei naquelas águas tão tranquilas, tão azuis, tão imensamente grandiosas, a minha esperança. Soube, naquele momento, que nunca mais seria a mesma, que mais um marco tinha sido colocado no caminho da minha parca existência. A vida é feita de pequenos incrementos, cujo somatório nos conduz aquele ponto crucial, que é a morte.
Dizem que na morte surgem, por momentos, todos esses incrementos, separados por marcos, mas ninguém sabe muito bem o que é a morte, para mim, é apenas um somatório, um resultado final, um limite.” (…)

sexta-feira, abril 25, 2008

saudade

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pulando daqui para ali cheguei à voz

«Na verdade, não temos saudades, é a saudade que nos tem, que faz de nós o seu objecto. Imersos nela, tornamo-nos outros. Todo o nosso ser ancorado no presente fica, de súbito, ausente.»
(Mitologia da Saudade)
Eduardo Lourenço

sábado, abril 19, 2008

sexta-feira, abril 11, 2008

Aníbal Barca

J. M. W. Turner

segunda-feira, abril 07, 2008

«tempo vai tempo vem»*

Numa luta contra o tempo escrevo apago e reescrevo: balanças erlenmeyers, buretas pipetas potenciómetros iogurtes méis espectofotómetros planos de estudo equivalências programas diagramas.
Num sufoco desmedido abafo o sentimento arraso a emoção enalteço a razão e dou por mim sem conseguir dizer não.
Num desânimo concreto escrevo estas palavras sem nexo em modo de desabafo discreto.
Numa fracção de segundo vêm-me à memória a imagem de momentos felizes a história da menina dos dias felizes**.
......
*Histórias de Tempo Vai Tempo Vem de Maria Alberta Menéres, lidas no silêncio da noite.
** Personagem de uma história da minha infância.

sábado, abril 05, 2008

muros

foto tirada da net
muros são silêncios feitos de pedra. Não gosto de muros! as palavras retornam-nos fazendo ricochete atingindo o coração das respostas que não temos. Não gosto de muros...

domingo, março 30, 2008

No mundo do faz de conta

No mundo do faz de conta as flores são feitas de papel e têm um suave cheiro a essências fabricadas em laboratórios acreditados.
No mundo do faz de conta os sentimentos vendem-se em pacotinhos de 250 g os quais têm de brinde uma saqueta de emoções.
No mundo do faz de conta as lágrimas colam-se e descolam-se numa admirável aderência tocando a perfeição.
No mundo do faz de conta as crianças são feitas de materiais suaves ao toque podendo ou não serem descartáveis.
No mundo do faz de conta o amor é uma bola redonda com a qual se pode jogar futebol de salão.
No mundo do faz de conta tudo é bonito, tudo é mutável, tudo é perfeito, tudo está feito à imagem e semelhança das pedras que numa sincronia perfeita e assustadora rolam pelas ruas.
No mundo do faz de conta, por vezes, aparecem pessoas que são usadas como armas de arremesso.

sábado, março 29, 2008

Jovens, bonitos e alegres

De passagem entre o jantar e a ida à discoteca recebi-os em casa. Foi gratificante, sinto-me feliz. Eles sabem coisas que eu não sei e eu sei coisas que eles não sabem, trocámos "saberes".

quarta-feira, março 26, 2008

Camuflagem

O que levará as pessoas a viveram num sistema fechado onde os sentimentos vivem camuflados?
Tanto se escreve sobre sentimentos e emoções, no entanto, ainda não se conseguiu chegar a um consenso. António Damásio encontra-se com Espinosa e diz-nos que «os sentimentos não são uma mera decoração das emoções, qualquer coisa que possamos guardar ou deitar fora». No entanto, nunca como agora os sentimentos tiveram uma natureza tão descartável. Entristece-me constatar esta realidade.
Controlamos a alegria, a tristeza, o medo, o ciúme, controlamos, afinal, o amor com que desejaríamos viver, para nos envolvermos na permanência da mentira e do embuste.
Acreditamos no livre arbítrio? Ou pretendemos «uma liberdade radical, uma redução da dependência em relação aos objectos de que somos escravos»?
Partículas errantes num Universo que desconhecemos, numa busca permanente do eldorado, da felicidade em cada dia adiada.
«... [Espinosa] queria transformar-se num homem livre.»
E voltamos à velha questão da difícil convivência da razão e do afecto, da emoção.
Dúvidas de uma mulher que por vezes pensa.

terça-feira, março 25, 2008

Síndrome de Asperger

foto
Hoje, num dos meus passeios pela blogosfera encontrei um blog onde se falava de autismo. Nada sei sobre o assunto, mas tenho uma amiga muito próxima que descobriu, há pouco tempo atrás, que o seu filho de 25 anos tinha todas as características de Asperger. Percebeu finalmente o que fazia com que ele fosse um pouco diferente dos outros. Admiro-a, contra tudo e contra todos fez do filho um homem independente, recusou sempre o estigma da diferença sem perder de vista o facto de ele ser diferente.

sexta-feira, março 21, 2008

os professores e os alunos

"Já quase tudo foi dito, no entanto, não sou capaz de deixar de comentar. Está certo que houve da parte da Professora uma grande falha relativamente à atitude a tomar numa situação de crise, mas também é verdade que situações como esta acontecem mais vezes do que seria desejável, o que faz com que determinados Professores vivam situações de grande stress. A população escolar é muito variável e esta deve ser muito problemática, talvez seja altura de alguém pensar em dar formação específica para enfrentar situações deste tipo. A violência a que estão sujeitos alguns Professores faz deles uma classe profissional considerada de alto risco. Acho condenável que o Expresso tenha divulgado este vídeo. Que venha a avaliação dos Professores e a responsabilização dos Pais."

Ontem publiquei este comentário neste site . Achei que era condenável o Expresso ter publicado o filme na sua página online, hoje já tenho dúvidas, talvez sirva para alertar a população em geral para situações de grande violência que se vive em algumas escolas.
É fundamental que nós, como pais e encarregados de educação, cumpramos as nossas funções para que os outros possam cumprir as deles.

blogs

Hoje andei a ler blogs. Como gostaria de ter a capacidade e a imaginação de criar um espaço que não se tornasse rapidamente numa grande monotonia. Há blogs narrativos. Há blogs informativos, outros deformativos e outros criativos. Há blogs bonitos, outros agressivos e outros do além. Mas quase todos nos transmitem a grande necessidade que o ser humano tem de comunicar. A escrita neste espaço quase tão infinito como o ponto onde duas rectas pararelas se encontram acaba por tornar possível a interacção entre os deuses e os simples mortais. É claro que há deuses que jamais descerão dos seus tronos, mas saber que estão à distância de um clic faz-me sentir bem.

quarta-feira, março 19, 2008

última hora

sol

Já não há bilhetes, mas que desilusão a minha! Gosto de Jazz, gosto de ir ao Hot Clube e pensei que por ser véspera de feriados iria conseguir bilhete (S. Jorge) com facilidade. Enganei-me! Vi-os há uns anos na Gulbenkian, Encontros Acarte.

segunda-feira, março 17, 2008

o espaço e o tempo



"Os estados de consciência de um indivíduo aparecem-nos dispostos numa série de acontecimentos na qual cada estado particular acessível à nossa memória parece estar disposto segundo o critério irredutível de antes e de depois" Albert Einstein

sábado, março 15, 2008

Le Chatelier

(...) saudade gosto amargo de infelizes delicioso pungir de acerbo espinho (...) Almeida Garrett

Desde que o meu irmão morreu que quase deixei de escrever neste espaço. Quando nos abalam os alicerces demoramos algum tempo a restabelecer o equilíbrio.
.....
Pelo princípio de Le Chatelier "quando um sistema em equilíbrio é perturbado, a alteração que nele se opera é de molde a reduzir o efeito imediato daquela perturbação."
......
Nestas alturas de grande perturbação e profundo desequilíbrio poucos são os que conseguem manter-se como pilares adjacentes, para esses vai a minha eterna gratidão.
Expor as nossas fragilidades não cai bem numa sociedade onde temos que ser fortes, belos e saudáveis. Estou cansada de ser forte.

Hot clube - 60 anos

Expresso

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

...

Ando assim, como um «mar morto», mas hoje venho aqui para «tocar» num assunto que ainda hoje me arrepia. Sem juízos de valor, apenas para que não caia no esquecimento.
O Correio da Manhã relata um atropelamento ocorrido há três anos atrás.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

a queda do império


Sobre a areia amontoam-se formas difusas do que outrora foram castelos, sobram sonhos e faltam vontades.
Quando todos os pontos, todas as vírgulas e todos os espaços tomam a dimensão do Universo.. é a hora de partir... «Ó abandonado!».
As cinzas do que outrora foram desejos espalhar-se-ão sobre as águas de um mar envergonhado por não ter tido a coragem de as recusar.
Parto!

sexta-feira, janeiro 04, 2008

El Amor Comienza

El Amor Comienza (Axel Fernando)

Cuando el sol nos da en la cara
Aunque afuera está lloviendo
Cuando tiemblan como hojas
Nuestra piel y nuestro aliento
El amor comienza

Cuando el gris se vuelve rosa
Y una imagen pensamiento
Cuando asoman las cosquillas
Como auroras de aire y fuego
El amor comienza

Cuando pasan cosas raras que antes nunca nos pasaron
Derramándose en el alma como flores de verano
Y parece una novela hasta el tiempo de trabajo
Y es la música del cielo un teléfono llamando
Cuando pasan por tus ojos bellos rostros bellos cuerpos
Y tú no te das ni cuenta hasta que los tienes lejos
Y se busca algún amigo para hablarle de todo eso
Y se duerme a sobresaltos y se sueña con un beso
El amor comienza, el amor comienza

Cuando oímos las campanas
Que los otros no escucharon
Cuando alcanza a preocuparnos
La presencia y el horario
El amor comienza

Cuando el ir se vuelve prisa
Y el volver una condena
Cuando duelen las demoras
Y se muerden las esperas
El amor comienza

Cuando pasan cosas raras que antes nunca nos pasaron
Derramándose en el alma como flores de verano
Y parece una novela hasta el tiempo de trabajo
Y es la música del cielo un teléfono llamando
Cuando pasan por tus ojos bellos rostros bellos cuerpos
Y tú no te das ni cuenta hasta que los tienes lejos
Y se busca algún amigo para hablarle de todo eso
Y se duerme a sobresaltos y se sueña con un beso
El amor comienza, este amor comienza

quarta-feira, janeiro 02, 2008

2008

Terminaram os festejos, arrumaram-se as alegrias. Já não há muita paciência para os excessos das festividades inerentes à época, mas, como formiga no carreiro, lá fui fazer o percurso 2007/2008.
Um convite amável de amigos generosos, permitiu-me uma ceia requintada, a visão de um fogo de artíficio exemplar, seguido de uma noite saltitante onde o barulho não me permitiu pensar. Não faltaram as mensagens e telefonemas de última hora, de modo a que não me esqueça dos que ainda sobrevivem neste mundo cada vez mais agressivo.
Apesar do coração derramado (como Ela diz), o balanço foi positivo, entrei no ano 2008.
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Aos que têm a paciência de visitar esta minha alegre casinha, tão modesta quanto eu, desejo um 2008 com muita luz e amor.