segunda-feira, março 26, 2012

tantos muros

esculpidas em pedra estão as palavras que o vento levou e o silêncio acomoda-se no vazio que o coração deixou. palavras amarradas.

quinta-feira, março 15, 2012

tempo

o tempo corre como uma lebre fugidia. passaram seis anos ao longo dos quais partilhei tristezas e alegrias, fúrias e serenidade. e, principalmente, amizade!


domingo, março 11, 2012

Hakuna Matata

Alguma vez imaginaste o que serão aqueles pontos brilhantes lá em cima?
Pumba, eu não imagino, eu sei!
Ah! E o que são?
São pirilampos,… pirilampos que ficaram colados aquela coisa grande azul escura…
Aaahh… Txiii... sempre pensei que fossem bolas de gás a arder a milhões de quilómetros daqui.
Pumba, para ti, tudo é gás...
Simba, o que é que tu achas?
Oh, eu não sei
Oh, vamos… Vá lá…
Nós já dissemos…
Diz
Por favor
Alguém me disse uma vez… que do alto das estrelas, os grandes reis do passado contemplam-nos…
Queres dizer que um bando de reis mortos está a olhar lá de cima?

E somos pontos luminosos num Universo onde as estrelas se cruzam libertando pirilampos que nos iluminam na humidade das noites escuras e frias. E sobre nós desce a ansiedade da derrota anunciada, a inutilidade dos sonhos por cumprir. E as raízes que nos sustentam libertam-se da terra ressequida na esperança do reencontro com a fertilidade. E, na infinitude do tempo e do espaço, somos vazio que nos limita ao silêncio de uma existência sofrida. Cantam os anjos, ofuscando assim a parca e transparente essência que nos aflora a rubra face. O bando de reis mortos olha-nos lá de cima como se fôramos partículas transitando entre níveis energéticos. Ah! O sonho de mergulhar nos límpidos mares azuis de Creta onde o Minotauro habita na esperança de, também ele, seguir os fios de Ariana.


dias

terça-feira, março 06, 2012

nas pétalas da rosa

há um perfume suave que se liberta das pétalas da rosa guardada no jardim secreto das memórias. hoje, brincando sobre a tranquilidade das águas paradas da barragem, libertou-se o toque aveludado do sorriso e a nostalgia da velha estrada tomou o lugar da tristeza que no correr dos dias me foi tomando. naveguei por entre as brumas do tempo, ancorei o meu navio no porto seguro dos laços que o amor teceu. a intensidade do perfume foi aumentando até que a cor viva das pétalas ressurgiu. é isto a vida! jardins onde as flores se misturam libertando a alegria aprisionada.