terça-feira, dezembro 30, 2014

Ano Bom

2014 foi  ano da mais profunda tristeza. Na "vã glória de mandar", o mundo digladia-se aniquililando, subjugando, humilhando o seu semelhante. E, coincidindo com toda esta desordem, há a irreparável perda do ventre que me deu a vida. O desejo é que 2015 seja um ano de passagem para um mundo mais justo, mais solidário e mais bonito.

sexta-feira, dezembro 12, 2014

sad cypress

No correr dos dias que passam, sobra a tristeza. Nos folhos da convivência, a amizade é palavra rota, há sempre um espinho que que nos fere deixando que o veludo da rosa se oculte. Hoje sou apenas isto: tristeza. Eu sei, eu sei! Há pessoas que não têm o direito à tristeza, há a força; somos fortes. Força que se esvai no aperto de um coração que sente; alma riscada na alvura dos sentimentos que teimam em permanecer. Nada, é nada o que valem muitas das palavras que atiramos ao vento, plumas leves de aves migrantes. Chapadas sentidas no rosto sorridente; aprende-se.

foto retirada da net

domingo, novembro 30, 2014

dias que passam... mais um

Somos tanto e tão pouco; soma dos dias que passam e dos dias que imaginamos. E hoje o frio insinua-se; caem pétalas de rosa já sem cor, apenas forma, que o  odor é apanágio de quem o sente. E se na brancura da neve nascerem flores(?) vermelhas, como o sangue que nos torna muito mais que pedras. Ai "se eu tivesse dinheiro"...


sexta-feira, novembro 28, 2014

dias que passam...

No sobressalto dos dias a inquietação. E do amor, sobram as palavras; templos erguidos a pulso, sucaltos de patamares crescentes. Na quadratura das ondas, há pequenos momentos de tranquilidade logo perturbada pelo impulso que se segue. Somos da física e da química; somos sistemas em equilíbrio dinâmico, sempre na ânsia de minimizar a perturbação causada. Le Chetelier; em princípio.
E hoje, sou assim, areia que a onda beija.


sexta-feira, novembro 21, 2014

...

Hoje quero flores...
Talvez amores...



sexta-feira, outubro 31, 2014

"Ao Longe os Barcos de Flores"

Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila,
‑ Perdida voz que de entre as mais se exila,
‑ Festões de som dissimulando a hora.

Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os lábios, branca, do carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.

E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora,
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta flébil... Quem há-de remi-la?
Quem sabe a dor que sem razão deplora?

Só, incessante, um som de flauta chora..
                Camilo Pessanha, poema "Ao Longe os Barcos de Flores"

quarta-feira, setembro 24, 2014

poesia

se eu fosse poeta entrelaçava as letras de modo a elas surgirem na forma de sentimentos, mas sou apenas uma mulher em que os sentimentos se alojam na alma. e há dias em que a alma verga porque são tantas as contradições; agora a alegria e mais logo a tristeza e nos intervalos tantas são as lágrimas que caem. 

segunda-feira, setembro 08, 2014

dias...

Na corrente dos dias que passam entrelaçam-se alegrias com tristezas. sedimentação.

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

...

"Isolés dans l'amour ainsi qu'en un bois noir,
Nos deux coeurs, exhalant leur tendresse paisible,
Seront deux rossignols qui chantent dans le soir." 
 Paul Verlaine

terça-feira, janeiro 21, 2014

Alfonsina el Mar

Homenagem à poetisa argentina Alfonsina Storni.

domingo, janeiro 19, 2014

quinta-feira, janeiro 16, 2014

as inquietações e a dialéctica

A inquietude da palavra, a que se diz, a que se advinha e a que se não diz. Há no "dizer" da palavra a ambiguidade do duplo significado. Há as verdades que, como disse (ou se pensa que disse) Niels Bohr, são superficiais, cuja antítese é incontestavelmente falsa, mas há também as profundas, cuja antítese é tão verdadeira como elas próprias. E ficamos assim, no "ser ou não ser", ou, como alguém por brincadeira me disse, nesse passado distante ... "era e não era, andava na serra, o pai era morto e a mãe por nascer..."
Mistérios... sortilégios... vida!

segunda-feira, janeiro 06, 2014

o som da amizade

lá, por entre as nesgas da montanha, há um braço de mar, nele circula a amizade. Somos rios...
rios que transportam os sons... tantas vezes, o silêncio...
"lagoa escura" onde mergulhamos e vivemos!

quarta-feira, janeiro 01, 2014

passagem

Nesta passagem que é a vida, a tua presença - a vossa presença - é uma constante. Os dias são uma sucessão infinita onde os acontecimentos são focos de luz. Pirilampos brilhando no escuro da noite adormecida.