sábado, junho 16, 2012

desconstrução

(Nos céus do labirinto onde o Minotauro habita)

Se eu pudesse desconstruir-me, fazer de mim a pedra dura e eterna que é o diamante, mas sou a nuvem branca que se desfaz na intempérie da vida, luz coada no plano polarizador dos sonhos. E fica a solidão de quem caminha na incompreensão dos dias. Desfaz-se a ilusão e, até tu, doce recordação, me começas a fugir. sou, em cada dia que passa, a sombra que criei.

quinta-feira, junho 14, 2012

13 de Junho ou o abalo dos alicerces

No vazio que me rodeia encontro palavras que falam. Espalho-as neste espaço emcujo silêncio a  amizade me surpreende...

Teatrices encenadas por Graça (Obrigada!)


"trago os dedos cansados de me escrever
no silêncio das folhas brancas
vazias
tão vazias


houve tempos em que acreditei
ingenuamente
que o delírio com que desenhava cada letra
me libertaria esta alma agrilhoada


e escrevia-me
como se cada palavra
fixasse no papel sentimentos permanentes
como se cada frase ortografasse raivas
e desejos
sorrisos
e lamentos
como se cada verso
coerentemente dissesse a minha vida


houve tempos em que a tinta
foi lastro de fúria incontrolável
foi mel derramado sílaba a sílaba
foi matiz de felicidade
foi desilusão líquida em cristais salgados


trago os dedos cansados de me escrever
no silêncio das folhas brancas
vazias


tão vazias
de mim"



quinta-feira, junho 07, 2012

" Beautiful Mind"

Gosto do reflexo que o brilho da mente deixa nas palavras. e gosto das palavras. gosto de me perder no emaranhado das mentes complexas, segurar o fio que as conecta ao mundo do sonho. gosto de mergulhar no vazio, espaço onde a capacidade para o preencher é imensa.
Nessa complexidade que é a descoberta, partilho a música.