Pumba, eu não imagino, eu sei!
Ah! E o que são?
São pirilampos,… pirilampos que ficaram colados aquela coisa grande azul escura…
Aaahh… Txiii... sempre pensei que fossem bolas de gás a arder a milhões de quilómetros daqui.
Pumba, para ti, tudo é gás...
Simba, o que é que tu achas?
Oh, eu não sei…
Oh, vamos… Vá lá…
Nós já dissemos…
Diz
Por favor
Alguém me disse uma vez… que do alto das estrelas, os grandes reis do passado contemplam-nos…
Queres dizer que um bando de reis mortos está a olhar lá de cima?
E somos pontos luminosos num Universo onde as estrelas se cruzam libertando pirilampos que nos iluminam na humidade das noites escuras e frias. E sobre nós desce a ansiedade da derrota anunciada, a inutilidade dos sonhos por cumprir. E as raízes que nos sustentam libertam-se da terra ressequida na esperança do reencontro com a fertilidade. E, na infinitude do tempo e do espaço, somos vazio que nos limita ao silêncio de uma existência sofrida. Cantam os anjos, ofuscando assim a parca e transparente essência que nos aflora a rubra face. O bando de reis mortos olha-nos lá de cima como se fôramos partículas transitando entre níveis energéticos. Ah! O sonho de mergulhar nos límpidos mares azuis de Creta onde o Minotauro habita na esperança de, também ele, seguir os fios de Ariana.
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