As pedras partem-se, cristais desfeitos sob a pressão de um movimento não linear. Estilhaços que se espalham sobre a terra dura e seca, onde não florescem orquídeas, jeros ou cactos. Gretas abertas num solo onde a água escasseia e os nutrientes rareiam. E há o mar, ali tão perto, tão azul, tão refrescante, onde a vida germina e o reflexo do céu nos dá a ilusão de um imenso espelho. Levemente, em sonhos, caminhamos sobre ele e ao fazê-lo as ondas vão-se propagando, atingindo o outro lado num movimento contínuo. E aqui, a terra, cujos sulcos devoram os mais incautos. Finalmente a percepção, o desencanto que faz fugir a serpente por entre as ruas pejadas de gente de olhos vazios. Finalmente...
sexta-feira, julho 30, 2010
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