É na ausência de matéria, vácuo onde apenas e só as ondas, a luz ou os campos têm existência que aos poucos se vai criando um espaço vazio com capacidade para conter algo que não tem.
Nada é a negação de tudo o que existe, é um não lugar, um não espaço. O nada está indubitavelmente associado à nossa mente, não tem lugar na Física ou na Química. O nada é algo que me persegue e do qual tento fugir, por vezes sou apanhada nas suas malhas, sentindo-me qual partícula oclusa numa rede cristalina defeituosa.
E assim permaneço neste dualismo, a consciência de uma mente distinta do corpo: penso, logo existo (Descartes). Mesmo que ao pensar eu me engane, eu, sujeito epistémico, existo!
O ideal seria conseguir dissociar fisicamente a alma (mente) do corpo, viveriam assim felizes, cada um para seu lado, sem críticas, sem questões e, principalmente, sem colisões.
* A sensação do nada é avassaladora, a constatação do vazio demolidora e o vácuo é esse local onde nem o pensamento se reflecte.
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