quarta-feira, agosto 18, 2010

A viagem

Olhando a tela sobre a qual, no canto superior, traço um risco indelével, os dias passam, até que, pegando no lápis de carvão se preenche todo o espaço, surge-nos então o incontrolável desejo de lhe dar cor e, o verde avança ficando aqui e ali colorido com o vermelho das flores, o branco das casas de telhados avermelhados, o cinzento, o verde e o branco do pico das montanhas. E há sons diferentes que nos preenchem o vazio antes ocupado pelos dias sempre iguais e o crepitar das velas acesas que fazem com que o ouro brilhe com mais explendor. A simpatia que transparece dos rostos estranhos que nos olham. No canto inferior esquerdo da tela surge um pequeno borrão negro, quase invisível, sem destaque algum. Contemplando a tela acabada sentimos o renascer da vontade e a força de querermos construir novos dias, desenhar novos quadros e colori-los.

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