sábado, julho 16, 2011

"cem anos de solidão"

Este é um dos livros que na força dos meus 18 anos me marcou. O conteúdo fantástico tão característico dos latino-americanos e a constatação de que há gerações condenadas a viver a solidão em que a alma se refugia até que a morte a desfaça. Ela passa de geração em geração como um testemunho, é uma condenação. No meio da multidão que nos agita há uma ilha em cuja costa se edificam barreiras para que a beleza e a força do mar a não invadam. Sente-se ao longe a suavidade da maré baixa e o bater forte das marés vivas. E por entre as frestas, a saudade. Uma saudade imensa que se banha na tranquilidade de um mar chão onde a lua teima em se deitar. E os dias caminham no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio anulando o tempo feito de espaços vazios. Talvez o sol possa deitar um raio menos escaldante, atalho para um lugar tranquilo nos sonhos confiados à lua...


2 comentários:

Teresa Durães disse...

foi um livro que me espantou e adorei

alecerosana disse...

A mim também, Teresa, até porque foi lido quando eu era muito jovem. :)